sexta-feira, 3 de junho de 2016

E quanto pior, melhor!

Não se pode esperar do governo de Michel Temer (PMDB-SP) muito além do que um mandato tampão, mas com ações efetivas que possam minimizar os estragos realizados pela gestão petista de Dilma Rousseff (PT-RS), principalmente na área econômica. Daí nominar o governo atual como "de salvação nacional", com âncora em uma equipe econômica bastante homogênea e competente. Por natural, migraram para a oposição o Partido dos Trabalhadores (PT) e seus satélites, que se juntam à esquerda mais radical nessa tarefa.
A Constituição brasileira reservou ao vice-presidente a competência de substituir o presidente da República nos casos de impedimentos legais. Não há dúvida de que há elementos de sobra que comprovam que a presidente afastada deixou de cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000), bem como maquiou dados através do que se chamou “contabilidade criativa”. Não se trata de “golpe”, portanto, o afastamento da presidente e seu iminente impeachment, conforme propagado pela trupe petista.
O discurso de “golpe”, portanto, nada mais é que mais uma tentativa de ofuscar os estragos da incompetência e da corrupção nos governos petistas. Em segundo plano vem a intenção de macular e enfraquecer o presidente em exercício, Michel Temer, o que demonstra que o PT está muito mais preocupado com o seu próprio futuro político do que com a situação legada aos brasileiros. Não por outro motivo o silêncio diante de questões relevantes, tais com o encolhimento da economia, o desemprego, a perda do poder de compra dos assalariados, entre tantos outros problemas.
Uma síntese dessa falta de comprometimento com o país pôde ser auferida, de forma patente, em recente entrevista da presidente afastada à jornalista Marlene Bergamo, publicada no jornal “Folha de São Paulo”. Depois de defender a volta da CPMF, quando perguntada pela jornalista em que errou, a presidente simplesmente resumiu, dizendo o seguinte: " Ah, sei lá! Como é que eu vou falar da situação depois?" O problema é que a presidente afastada atua tal qual o seu partido, o PT, sem o mínimo gesto de grandeza para admitir qualquer erro.
É nessa mesma falta de grandeza que o PT ainda dissimula os fatos como forma de confundir a opinião pública ou nivelar a todos aos seus próprios malfeitos. Assim, agora dizem que o governo em exercício tem o propósito de “interromper o combate à corrupção” e “esfacelar” a Operação Lava-Jato, como se o MENSALÃO, o PETROLÃO, a Operação ZELOTES e tantos outros casos de corrupção e malfeitos fossem obras do além, sem qualquer relação com os governos petistas.
Não bastasse a desagregação proposta nos planos interno e externo, a Executiva nacional do PT ainda programa uma série de manifestações para incendiar o país, de modo a disseminar a idéia de “golpe” e vitimar o partido no processo de impeachment, além de bombardear as ações do governo em exercício de Michel Temer. Isto é o que se pode chamar de verdadeiro golpe na democracia - do “quanto pior, melhor” - que só tem a serventia de agradar aos militantes partidários e acelerar o esfacelamento da nossa economia.
A realidade é que o Brasil não comporta mais tantos políticos ruins, independente dos partidos políticos. E o governo de Michel Temer será um governo de transição com esses mesmos políticos. Mas nada pior do que o Partido dos Trabalhadores e seus satélites, pois com esses políticos o país não precisa de inimigos.

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