sexta-feira, 15 de julho de 2016

Epicentro de nossas crises.

O cenário da gestão econômica deixado pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT-RS) é gravíssimo! Em síntese, ele é resultante da extrema facilidade em gastar, bem como da absoluta dificuldade em conter a expansão da dívida pública durante os seus anos de governo. Por isto, as principais consultorias e analistas de mercado já projetam uma dívida bruta para 2018 em torno de 80% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país no período de um ano.
Tal cifra é astronômica e vem custando ao Brasil o montante de quase R$ 2,0 bilhões POR DIA, somente com o pagamento dos juros. Reside aí a principal razão da falta de recursos financeiros para o custeio dos setores da saúde, da segurança pública, da educação e da seguridade social, entre outros segmentos importantes da vida nacional. Daí também não sobrar recursos no montante necessário à realização das obras de infra-estrutura, que hoje são essenciais para aumentar a competitividade da nossa economia e promover o desenvolvimento do país.
Considerando a dimensão dos estragos herdados da gestão petista, a equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer (PMDB-SP), comandada pelo economista Henrique Meireles, decidiu por limitar o crescimento das despesas do governo aos mesmos níveis da infração anual.  Então, só em médio e em longo prazo a dívida pública terá uma tendência de queda, pois agora ela encontra-se ancorada ao crescimento do PIB. Medidas mais radicais neste momento aumentariam o tamanho da crise.
O presidente em exercício Michel Temer, como também o ministro da Fazenda Henrique Meireles, vêm anunciando pontualmente que concluído o processo de impeachment da presidente afastada serão tomadas duras medidas de contenção de despesas, de maneira a estancar um pouco mais a sangria que ora dilapida o esforço de arrecadação do Tesouro Nacional. Fatalmente tais medidas ainda virão acompanhadas de aumento de impostos, o que não é novidade, pois as crises no Brasil sempre acabam nos bolsos dos contribuintes.
Se estivéssemos em uma sociedade mais madura, com melhores níveis de educação e de discernimento político, imperativamente já estaríamos nas ruas exigindo do Congresso Nacional a imediata apreciação das “10 medidas contra a corrupção”, conforme proposto pelo Ministério Público Federal, com a adesão de mais de 2,0 milhões de assinaturas. Exigiríamos também uma REFORMA POLÍTICA maiúscula, como forma de começar a mudar o Brasil.
A cultura política brasileira, voltada para o populismo de interesses imediatistas, sem compromisso com a consolidação do futuro do país e de suas próximas gerações, irremediavelmente tem jogado o Brasil no lixo. Não são poucas as mazelas que nos empobrecem enquanto nação e nos envergonham diante do mundo.  A corrupção, os elevados indicadores da criminalidade, o descaso com o meio ambiente são algumas delas.
O Brasil precisa de reformas estruturais profundas. Impossíveis? Não! Basta honestidade e um pouco de perseverança e determinação. Basta pensar um pouco mais, com grandeza, no bem comum. Nenhum país desenvolvido chegou ao topo do mundo por acaso!
A política é indispensável ao país e não deve ser vista como dita pelo ex-presidente Lula da Silva em Petrolina (PE) esta semana: “Política é que nem uma boa cachaça, você começa e não quer parar mais”; que “se tudo estiver bem, se der certo, porque eu precisaria ser presidente outra vez”? Temos que substituir o oportunismo pela competência, pois está claro demais que o ex-presidente está muito mais para vigarista do que para estadista. 

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