quinta-feira, 8 de junho de 2017

Brado forte por mudança

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Quem acompanhou com isenção a última eleição presidencial pode observar com clareza a forma como o Partido dos Trabalhadores (PT) utilizou o Estado como meio de se eternizar no poder. No período pré-eleitoral, entre 2013 e todo primeiro semestre de 2014, não foram poucas as ações do PT servindo-se da máquina pública para promover a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT-RS). Depois, já no período da campanha, distribuindo o dinheiro sujo das empreiteiras, conforme viria a ser comprovado posteriormente pela Operação Lava Jato.
Naquela ocasião, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro Dias Toffoli, não se furtou em fazer vista grossa às representações das oposições. O vice-presidente do TSE à época, o ministro Gilmar Mendes, foi quem teve o mérito de inflar seus pares ao lançar dúvidas sobre a origem dos recursos utilizados durante as campanhas petistas. Segundo Gilmar Mendes, “ladrões de sindicato transformaram o País em um sindicato de ladrões”, conforme dito na sessão realizada em agosto de 2015, que aprovou a abertura do processo para apurar as irregularidades daquela eleição.
Tal afirmativa jogou ainda mais combustível na fogueira, alimentando o ódio da agremiação petista e de seus aliados pelo ministro, que, aliás, sempre foi de conhecimento público. No entanto, desde que se vislumbrou o julgamento da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer (PMDB-SP), por uso abusivo do poder político e econômico, observa-se uma mudança radical na conduta jurídica do ministro Gilmar Mendes, que passou de uma hora para outra a ser contra a cassação daquela chapa. Logicamente, depois da ascensão de Temer à presidência da República.
Neste aspecto, o PT tem toda razão em criticar o ministro Gilmar Mendes, pois não se pode admitir que a cabeça de um magistrado opere com dois pesos e duas medidas. A mesma lei foi feita para todos!
As atitudes do ministro Gilmar Mendes têm realmente exposto, de forma muito transparente, o modus operandi das elites que nos governam. Não das “zelites” ditas pelo ex-presidente Lula da Silva (PT-SP), da qual também é um dos membros mais importantes, mas das elites dos poderes constituídos: do Legislativo, do Executivo e do Judiciário.
Não são poucos os agentes públicos que estão muito mais focados em defender os seus próprios interesses ou de grupos, enquanto deveriam zelar pelo cumprimento das leis em favor do Brasil e dos seus cidadãos. Isto é o que o historiador Sérgio Buarque de Holanda, em "Raízes do Brasil", nominou de Estado “patrimonialista”, onde os governantes não distinguem os limites entre os bens públicos e privados, gerando um grande entrave à evolução econômica e social do País. O Estado patrimonialista é também o principal alimento das nossas crises.
Hoje, quando a população brasileira em sua maioria clama por mudanças, constata-se que é uma minoria que ainda insiste em colocar o Brasil em segundo plano. Por louvor, então, não se pode deixar de destacar a atuação do ministro Herman Benjamim, no TSE, durante o julgamento da ação contra a chapa Dilma/Temer. Posicionamentos como os dele é que enchem o coração de muitos brasileiros de esperança.


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