sexta-feira, 11 de agosto de 2017

No fundo do poço, no caos

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O socialismo bolivariano implantado na Venezuela com a ascensão ao poder do então tenente-coronel Hugo Chávez, em 1999, e continuado após a sua morte, em 2013, pelo sindicalista e atual presidente Nicolás Maduro, chegou ao fundo do poço. Mesmo com uma das maiores reserva de petróleo do mundo, a Venezuela faliu! Hoje faltam aos venezuelanos produtos essenciais de higiene pessoal, alimentos básicos, remédios, materiais hospitalares. Falta tudo! O país já não produz quase nada e está sem crédito para importar o que é necessário.
Contudo, não há qualquer carência para a burguesia do Estado que vive em torno de Maduro. O governo se sustenta do apoio dessa burguesia, das milícias armadas (ainda mais radicais que o MTST, MST e outras ONG’s extremistas do Brasil) e de um forte aparato militar das forças armadas regulares, ditas “bolivarianas”, que vêm aniquilando as reações populares. Desde o último abril já foram contabilizadas quase 130 mortes em protestos, enquanto milhares de manifestantes foram feitos presos políticos. Em suma, o regime venezuelano vai impondo à maioria da população, pela força, uma ditadura comunista.
A liberdade de expressão já foi totalmente tolhida. Muitas estações de rádios, canais de televisão, jornais e revistas tiveram suas concessões cassadas. Até mesmo a Internet é cotidianamente censurada. Só os meios favoráveis ao regime e os sob o domínio do Estado têm o aval do governo. A ótica da notícia é invariavelmente determinada pelo ideário do que chamam “socialismo do século XXI”.
Mas, segundo o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o diplomata uruguaio Luiz Almagro, “os índices de mortalidade infantil e de fome na Venezuela supera até mesmo os da Síria, país que vive uma guerra civil desde 2011”. Nenhuma notícia nestes moldes pode ser divulgada! Nem mesmo os indicadores da inflação, que atualmente chega a patamares de três dígitos, e que para a imprensa oficial resume-se a “boicote do imperialismo americano”.
A Constituinte imposta por Nicolás Maduro e os flagrantes desrespeitos aos direitos humanos têm suscitado o repúdio dos mais fortes organismos internacionais, tais como a Organização das Nações Unidas (ONU), a OEA, a União Européia, o Vaticano, o Mercosul, entre outros. Nesta semana, reuniram-se no Peru 17 chanceleres dos países mais importantes das Américas, entre eles o Brasil. Por unanimidade foi emitida declaração condenando a ruptura da ordem democrática na Venezuela e decidido “não reconhecer a assembléia nacional constituinte imposta por Maduro, por seu caráter ilegítimo”.
No Brasil, em movimento inverso, o PT, PCdoB, PC, PSTU, PSol, entre outras legendas de orientação marxista, continuam a apoiar e elogiar o regime chavista. Todavia, se tais agremiações centralizassem as suas vozes no combate à corrupção, às mordomias e aos privilégios que dilaceram o Estado brasileiro, e em favor da melhoria da educação, da saúde e da segurança pública, seguramente poderíamos lograr um País bem melhor para todos. Não existe luta de classes para quem pensa com grandeza e espírito humano e democrático.
Em tempo: A Comissão da Reforma Política da Câmara dos Deputados aprovou R$ 3,6 bilhões para o financiamento das campanhas políticas, enquanto o governo pensa em aumentar impostos. Precisamos de mais inimigos? 

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